29 maio 2006

hoje

Há pouco ao chegar a lisboa, quando se começa a ver a cidade do outro lado da ponte, em vez da imagem bonita tipo cartão-postal que temos na memória, vi mais uma vez a nuvem de poluição cinzenta que paira sobre Lisboa.
O ar transforma-se antes mesmo de vermos a ponte e logo aí começo a pensar que o melhor era agarrar nas meninas e mudar-me para a Aguncheira.
Ou que o melhor mesmo era o pessoal todo atinar e tentar fazer qualquer coisa para o bem do país/mundo/quintal, de certeza que não é com centrais nucleares que lá vamos.

queremos mais telefreak!

24 maio 2006

Se fazes trinta por uma linha e não há mouro que dê à costa



Se andas sempre a sonhar acordado e com a cabeça na lua
Se a cabeça não tem juízo e o corpinho já não é danone
Se te fartas de puxar a brasa à tua sardinha e nunca mais é sábado
Se anda a suar as estopinhas e é vira o disco e toca o mesmo

Então
Pare, escute e olhe
Não passe mais noites em claro
Nós temos a solução para si

Venha sonhar connosco
no espaço das Aguncheiras

Sonho é um bolo fofo de farinha e ovos, frito em azeite e passado depois por calda de açúcar.

De é um pronome demonstrativo da sua falta de atenção.

1 por todos e todos por um é uma lêndea medieval.

Noite é um longo serão fascista onde todos os gatos são pardos e a escuridão reina sobre a luz.
Verão é uma estação do ano que começa no Santo António e acaba no São Martinho, com praia pelo meio e sonhos de permeio.

22 maio 2006

era uma vez

design by mill


Era uma vez um sonho que em construção se foi tornando realidade porque muitas vontades se juntaram a uma outra cheia de força, para apresentarem o seu sonho ao exterior na noite de S. João.
;)

21 maio 2006

estreia 23 de Junho!


design por Mill

18 maio 2006

cada vez mais perto




design por Mill

13 maio 2006

olá a todos

com o máximo de antecedência possível, aqui fica a notícia de que o ensaio da próxima semana, no espaço das aguncheiras, será sábado dia 20 e não domingo como tem sido costume.
Até amanhã
;)

agenciados










imagens da
agente-do-grupo!!!

11 maio 2006

Tele freak, 6º episódio


Segundo as últimas informações este vulgar portão esconde um dos portais de comunicação para a outra dimensão do tempo.
Dizem. Correm rumores de que no próximo dia 23 de Junho, mais precisamente ao ocaso, uma tenebrosa conspiração da mais maléfica facção do auto denominado clã dos "Elfos, Fadas e Artesãos"(Elfs, Fairys and Craftsmen) está a preparar um estranho ritual, sob a aparência inofensiva de uma encenação da famosa peça de Shakespeare "Sonho de uma noite de verão". Shakespeare, também ele um famoso membro do clá dos "Elfs, Fairys and Craftsmen", concebeu este espectáculo de uma peça dentro de outra peça, como alusão às dimensões espaço-temporais coexistentes. Eu não devia estar a escrever isto, pode ser perigoso meter-me com es ...-º

Tele freak, 5º episódio

Quando nos idos de quinhentos a europa se lançou à conquista dos Oceanos, foi descobrindo o mapa-mundo, que não é mais que a representação cartográfica da realidade. Só que essa realidade era desconhecida, tinha que ser provada no terreno. Transpondo para os dias de hoje, agora é o planeta global, que está posto perante um Oceano desconhecido, o limbo intertemporal, que permite o acesso a outros pontos do tempo, só que nós não possuímos o mapa dessa navegação, temos que desenhá-lo à medida que o formos explorando. O futuro e o passado, são os pontos cardeais desta aventura, como o Norte e o Sul, tinham sido da outra epopeia.
Só que a “sociedade da informação”, a frágil ponte que pretendia tornar o nosso mundo global, tinha sumido no ar. Nos escombros da unidade mundial, emergia uma nova febre do ouro, quem chegasse primeiro ao outro lado do tempo, ficava com a energia. Tal como na época em que se conquistaram os oceanos, todos os navios da concorrência são piratas. O clã que dominar os fluxos de energia dominará os mundos daquém e dalém tempo.
to be continued

08 maio 2006

o criador

Tele freak, 4º episódio

As novas dimensões descobertas trouxeram alguma luz à nova “dark age”, para onde a Humanidade tinha sido lançada. Alterações no campo electromagnético, provocadas por uma saturação das telecomunicações, tornaram os portais de navegação intertemporal mais permeáveis. Esses buracos drenaram a energia electromagnética e alguns utilizadores juntamente com ela. Do outro lado dos portais, aqueles que foram sugados descobriram outras dimensões do tempo, a montante e a juzante do presente, isto é, um passado e um presente com existência persistente independentemente da passagem do tempo no nosso presente. A única coisa persistente entre essas dimensões era a energia do fluxo electromagnético. A energia que desaparecia aqui e agora no nosso tempo, estava a ser sugada por alguém em outro tempo. Para recuperá-la bastava navegar para esse tempo e trazê-la de volta.
to be continued

06 maio 2006

Olá sou eu....


Olá! Sou eu!!!!!!!!
A criatura que faz zangar Oberon e Titânia! Mal se cruzam, sob o brilho cintilante das estrelas, logo desatam numa grande guerra!
Sou na verdade, o motivo de tantas tropelias!
Sou uma criatura importante! lá isso sou ;)
Auuuuuuuuu!

05 maio 2006

Depressa



Este é o Puck a caminho de mais uma missão ultra-urgente, ao serviço do seu Rei e Senhor Oberòn. Puck nunca hesita e vai, depressa!

Muitos ramos de Amores-perfeitos e outras plantas de propriedades mágicas que só Oberón sabe usar para atingir certos e determinados objectivos...

Aquela criaturazinha há-de ser minha, isto é dele... de Oberón...

03 maio 2006

tele freak, 3º episódio

Quando o silêncio das telecomunicações já se tinha tornado habitual, houve um telefone que tocou.
Quem atendeu o telefone, pensou que devia ser do outro mundo. Era! Um após outro, alguns dos desaparecidos começaram a ligar de volta. Descreviam um mundo novo e de díficil apreensão, mas que era a única luz possível, para os estranhos acontecimentos dos últimos tempos. Junto com o espanto, algumas dessas chamadas, permitiam, misteriosamente, restabelecer as ligações nas telecomunicações, ainda que temporariamente. Lentamente foi-se estabelecendo um tráfico regular, mas insuficiente, de energia.
to be continued

01 maio 2006

sobre este projecto

Este Sonho de 1 Noite de Verão, nasce com a vontade de São José Lapa em partilhar um espaço por ela muito acarinhado, onde pretende que aconteçam manifestações artísticas que proporcionem o crescimento da ligação que existe entre o Homem e a Natureza.
O voltar à terra é aqui promovido, ao abrir este espectáculo aos Habitantes da Zona de Sesimbra/Cabo Espichel. Uma ideia se pôs a circular entre os pontos de encontro de jovens e menos jovens daquela zona, a de que juntos poderiam criar o Sonho de 1 Noite de Verão. Foram abertas inscrições para actores e participantes e assim se começa a explorar a integração entre a peça que ali se pretende apresentar e o local com as suas particularidades e diferenças que tornarão este projecto mais próximo da população onde se pretende apresentar.
Deste modo se aguçam as curiosidades e se trazem novos públicos para o Teatro e as artes em geral.
Ao escolher fazer este projecto integrando a população local, teve que se optar por ensaios parciais aos fins de semana para que se conseguisse trabalhar com esses que acrescentam esta aventura às suas lides diárias. Assim se dividiu o periodo de trabalho e foi definido começar a ensaiar localmente em janeiro.

O Poeta Humanista, representa-se como consciência abstracta, doadora de sentido, num devir histórico, que o legitima dramaticamente, como ser no mundo ( Homem Cultural ), versus, o próprio mundo inorgânico que o determina (Homem Natural ).
A questão de liberdade humana perde sentido quando falta a memória. Entre Ser e Não Ser, é o tempo da inquietação, do desejo que nos projecte e promova, de aberrações mitológicas de outros tempos sem tempo, em seres quiméricos e mais que perfeitos.
Somos responsáveis por nós próprios, queremos articular a noção de tempo e espaço nesta geometria de valores. Enquanto “cidadãos do mundo” trazemos nas unhas a terra do nosso quintal. Desenvolvemos, portanto, o nosso projecto cultural no Espaço das Aguncheiras, nas imediações do Cabo Espichel, num vale aprazível, ladeado por um bosque frondoso de pinhal, macieiras, pereiras, damasqueiros, com o mar por perto. A sua localização próxima de Lisboa, numa zona de população rural e piscatória que recebe um acréscimo de população sasonal, os veraneantes das praias limítrofes, Sesimbra e Espichel; torna-se particularmente interessante e adequada ao que nos propomos, recrearmo-nos em harmonia com o espaço envolvente.
Atendendo à especificidade física do espaço-bosque onde decorrerá a acção do espectáculo e época do ano da sua previsível estreia ( 23 para 24 de Junho, noite de S. João ), assistiremos ao ocaso por volta das 21h, fenómeno natural, por si só, galvanizador do nosso intento artístico, agora sustentado de forma harmónica – luz natural do pôr-do-sol, som do espaço envolvente - pelo que, acreditamos dirigirmo-nos a um público genuíno que procure a excelência de uma Noite de Sonho de Verão.

Este Sonho de 1 Noite de Verão , com encenação de São José Lapa é um projecto que se orienta por dois vectores fundamentais:
A) Promover a divulgação de um grande autor de teatro, num contexto diferente: o espaço das Aguncheiras - Azoia, fora da zona urbana, inserida num concelho onde a oferta cultural é escassa.
A produção e apresentação deste espectáculo abrirá um novo ciclo de acontecimentos culturais no local -espaço logistico - da DECULTA, desenvolvimentos culturais das Aguncheiras, sempre aberto à criação e ao acolhimento artístico.
B) Analisar e redescobrir o texto de William Shakespeare com o objectivo de promover o teatro e a prática artística, cativando as populações menos habituadas ao fenómeno teatral, bem como a população sasonal da zona de Sesimbra, no sentido de lhes tornar próximo a arte e o míster da equipa envolvida.

Uma actríz, uma encenadora, com um vasto percurso no teatro de mainstream, enquanto artista que é, procura colocar a si própria desafios donde resultem novos e estimulantes resultados.
São José Lapa entusiasmou para este projecto que aqui apresenta, vários profissionais, que tal como ela se associaram ao longo das suas carreiras a projectos de qualidade.
Assim consegue levar consigo, pela sua força aglutinadora, para um local inusitado e para a prática teatral, actores e criativos que com ela se vão superar e surpreender o seu público habitual.
Acreditando sempre que do deserto cultural podem emergir oásis propulsores de “catedrais teatrais”.


sobre textos de São José Lapa